A civilização maia habitou a região das
florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de
Yucatán (sul do atual México). Este povo nestas regiões entre os séculos
IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas
regiões e dominaram a civilização maia.
Organização e sociedade
Nunca chegaram a formar um império
unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos
vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas políticas e
religiosas da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O
império maia era considerado um representante dos deuses no Planeta Terra.
A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real),
sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares
e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses,
que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam
parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos
impostos.
A economia era baseada na agricultura,
principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação
do solo eram muito avançadas para a época. Praticavam o comércio de
mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.
Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço arquitetônico. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.
Religião
A religião deste povo era politeísta,
pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um
eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365
dias do ano.
Escrita
Assim como os egípcios,
usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos).
Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas,
guerras e outros dados importantes.
Matemática maia
Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.
Para saber mais (livros):
- Annequim, Guy. Religião e Ciência entre os Maias. In: A Civilização dos Maias. Rio de Janeiro: Otto Pierre Editores, 1977.
- Daniken, Erich von. O que teria acontecido em 11 de Agosto de 3114 a.C.?. In: O dia em que os deuses chegaram.
Os maias possuíam dois calendários, sendo um relacionado a vida religiosa e outro que seguia os eventos da agricultura.
Calendário religioso
Chamado pelos maias de Tzolkim, o calendário
religioso possuía um ano composto por 260 dias, dividido em 13 meses
(cada mês tinha 20 dias). Esse calendário era orientado pela Lua.
Repleto de previsões astrológicas, este calendário estava ligado ao
período de gestação dos seres humanos.
Os maias acreditavam que este calendário tinha o poder de orientar e reger a vida pessoal (amor, família, trabalho, saúde, etc) dos indivíduos.
Calendário Agrícola
Os maias chamavam este calendário de Haab. Possuía 365 dias de acordo com o ano solar. Era dividido em 18 meses de 20 dias, além de 5 dias destinados a festas. Estava ligado aos eventos agrícolas (plantio e colheita) realizados pelos maias.
A sincronização dos calendários
Estes dois calendários não funcionavam
separadamente. A cada 52 anos solares, os dois calendários se
sincronizavam matematicamente pelo planeta Vênus.
A cada 3.172 anos solares ocorria o encontro
do início destes dois calendários. Para os maias, este período
simbolizava o recomeço de uma nova Era.
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