Período Arcaico
O período Arcaico inicia-se com a reunião dos genos em unidades políticas maiores, chamadas pólis ou cidades-Estados.
Nesse tipo de organização não existia um
governo único, cada cidade-estado tinha suas leis, seu governo, sua
economia e sua sociedade própria e independente. O palácio do governo e
os templos eram construídos em uma colina fortificada, a acrópole.
As pólis gregas possuíam uma arquitetura parecida. Na parte baixa ficava uma praça, a ágora, onde aconteciam as assembléias dos cidadãos e as transações comerciais. Era também onde os juizes da cidade julgavam os criminosos e onde se realizavam os festivais de poesias e os jogos praticados em honra aos deuses. As duas pólis mais importantes foram Esparta e Atenas.
As pólis gregas possuíam uma arquitetura parecida. Na parte baixa ficava uma praça, a ágora, onde aconteciam as assembléias dos cidadãos e as transações comerciais. Era também onde os juizes da cidade julgavam os criminosos e onde se realizavam os festivais de poesias e os jogos praticados em honra aos deuses. As duas pólis mais importantes foram Esparta e Atenas.
O Partenon, na acrópole de Atenas
Esparta: uma cidade militar
Esparta foi fundada pelos dórios por
volta do século IX a.C. Situava-se em uma região chamada Lacônia. As
condições naturais da região onde ficava Esparta eram muito áridas: o
solo montanhoso e seco dificultava o abastecimento da cidade. Essas
condições adversas levaram os espartanos a conquistar terras férteis
por meio de guerras.
O poder em Esparta era exercido por um
pequeno grupo ligado às atividades militares. Apenas uma minoria
participava das decisões políticas e administrativas – os esparciatas - que se dedicavam única e exclusivamente à política e à guerra.
A vida em Esparta girava em torno da
guerra. Os espartanos temiam que os povos que haviam conquistado se
rebelassem; temiam também que os escravos se revoltassem. A necessidade
de garantir o poder dos esparciatas e o medo de que idéias vindas de
fora colocassem em xeque esse poder faziam com que as viagens fossem
proibidas e os contatos comerciais fossem quase inexistentes. Esparta
fechava-se em torno de si mesma, impondo aos seus habitantes um modo de
vida autoritário e de subordinação aos interesses do Estado.
A agricultura, o artesanato e o comércio eram praticados pelos periecos, uma camada de homens livres, mas sem direito de participar da política em Esparta. Os escravos eram chamados de , hilotas.pertenciam ao Estado e trabalhavam para os esparciatas.
Os jovens eram educados pelo Estado.
Desde os sete anos deixavam as casas de suas famílias e se dirigiam para
locais de treinamento militar.
Atenas e a democracia: o avesso de Esparta
Atenas, hoje a capital da Grécia,
localizava-se no centro da planície Ática, às margens do Mar Egeu. Foi o
avesso de Esparta: teve uma vida urbana e aberta às novidades. A
atividade comercial foi a base de sua economia e os atenienses
praticaram intenso comércio com diversos povos.
A sociedade ateniense era dominada pelos eupátridas, que
eram grandes proprietários de terras. Contudo, o poder dos eupátridas
era constantemente desafiado pelas camadas menos favorecidas e pelos
comerciantes, que exigiam maior igualdade de direitos.
E por que esses segmentos desafiavam o
poder dos eupátridas? Os pequenos proprietários, muitas vezes sem
recursos. Viviam constantemente ameaçados pela escravidão por dívidas.
Já os comerciantes, artesãos e assalariados urbanos, que eram chamados demiurgos, estavam excluídos das decisões políticas da pólis e também queriam participar delas.
O resultado dessas pressões constantes
foi uma reforma nas leis feita por Sólon, um juiz ateniense. Por essa
reforma, foi abolida a escravidão por dívidas e foi ampliado o direito
de voto, de acordo com a riqueza que cada um possuía.
Porém, as reformas de Sólon só
beneficiaram os comerciantes ricos. O resto da população continuou
excluída das decisões políticas da pólis. A situação em Atenas não era
nada calma com a pressão constante dos excluídos. Além disso, a cidade
foi dominada pelo tirano. Pisistrato por mais de 30
anos.
Com o fim da tirania, foi Clistenes, um
aristocrata preocupado com os problemas das camadas populares, o
responsável por uma nova reforma. Ampliou a participação e o direito de
decisão política para todos os cidadãos atenienses, isto é, todos os
homens livres e nascidos em Atenas, maiores de 18 anos. A cidade foi
dividida em demos, um tipo de distrito que elegia seus
representantes para a assembléia. Esta, por sua vez, escolhia as
pessoas que iriam integrar o conselho, responsável pelo governo da
cidade.
Continuavam excluídos da pólis os
estrangeiros, as mulheres e os escravos. Como você pode observar, os
benefícios da democracia ateniense estavam reservados somente aos
cidadãos, o que é diferente da democracia dos nossos dias.
A educação em Atenas era bastante
diferente da adotada em Esparta. Os atenienses acreditavam que sua
cidade-Estado seria mais forte se cada menino desenvolvesse
integralmente suas melhores aptidões. O ensino não era gratuito nem
obrigatório, ficando a cargo da iniciativa particular. Os garotos
entravam para a escola aos 6 anos e ficavam sob a supervisão de um
pedagogo, com quem estudavam aritmética, literatura, música, escrita e
educação física. Interrompiam os estudos apenas nos dias de festas
religiosas, e, quando completavam 18 anos, eram recrutados pelo governo
para treinamento militar, que durava cerca de dois anos.
As mulheres de Atenas estavam reservadas
apenas as funções domésticas. Os pais tratavam de casar logo as ilhas
adolescentes, as quais, após núpcias, ficavam sob o domínio total dos
maridos. Nesse mundo masculino, ficar em casa e em silencio era o maior
exemplo de virtude para representantes do sexo feminino.
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