OS DEUSES
Os egípcios cultuavam inúmeros deuses,
com funções e aspectos variados. Existiam deuses cultuados em todo
Egito e outros adorados apenas em determinados lugares. Entre os
primeiros estavam os deuses ligados à morte e ao enterro, como Osíris.
O culto ao Isis e Osíris era o mais
popular no Egito Antigo. Acreditava-se que Osíris e sua irmã-esposa,
Isis, tinham povoado o Egito e ensinado aos camponeses as técnicas da
agricultura. Conta a lenda que o deus Set apaixonou-se por Isis e por
isso assassinou Osíris. Esse ressuscitou e dirigiu-se para o Além,
tornando-se o deus dos mortos.
Os antigos egípcios acreditavam que as
lágrimas de Isis, que chorava a morte do esposo, eram responsáveis
pelas cheias periódicas do Nilo. Também era adorado o deus Hórus, filho
de Isis e Osíris.
O CONHECIMENTO E AS ARTES
O CONHECIMENTO E AS ARTES
Os egípcios desenvolveram importantes
conhecimentos em diversas áreas: na aritmética, na astronomia, ma
química e na área da saúde.
A medicina egípcia apresentava grandes
avanços, como a criação de tratamentos médicos, delicadas intervenções
cirúrgicas e tratamento de doenças, destaca-se ainda, a mumificação de
cadáveres.
A fim de resolver problemas práticos
desenvolveram técnicas como o controle das inundações, a construção de
sistemas hidráulicos, a preparação da terra para a semeadura de acordo
com o ciclo das estações.
As manifestações artísticas tinham
evidente conotação religiosa sempre voltadas para a glorificação dos
deuses e a vida de alguns faraós.
Na arquitetura e na engenharia a construção de pirâmides e
templos representaram um grande avanço em tais áreas.
A ESCRITA EGIPCIA
A escrita egípcia era feita com sinais ou
caracteres pictóricos que representavam imagens de pássaros, insetos,
objetos, etc., conhecidos como hieróglifos.
Segundo a maioria dos historiadores, os
egípcios começaram a utilizar os hieróglifos por volta de 3200 a.C.
Essa, com certeza é uma das escritas mais antigas do mundo.
Nesta escrita, cada sinal representava
um objeto: havia partes do corpo humano, plantas, animais, edifícios,
barcos, utensílios de trabalho, profissões, armas. Com o tempo, esses
desenhos foram substituídos por figuras mais simplificadas ou por
símbolos gráficos.
Para representar sentimentos, como ódio
ou amor, ou ações como amar e sofrer, os egípcios desenhavam objetos
cujas palavras que os designavam tinham sons semelhantes aos das
palavras que os hieróglifos se referiam a algo concreto, havia um sinal
vertical ao lado de cada figura. Se fossem referentes a algo abstrato,
havia o desenho de um rolo de papiro. Se correspondesse à determinada
pessoa, os hieróglifos traziam sempre a imagem de uma figura feminina
ou masculina, mostravam um pequeno sol. Para completar, os hieróglifos
podiam ser escritos da direita para a esquerda ou vice-versa a ordem
certa, em cada caso, dependia da direção dos olhos das figuras humanas
ou dos pássaros representados.
A partir dos hieróglifos, os egípcios desenvolveram outros sistemas. Veremos agora, em síntese, como eram empregados esses sistemas:
- Hieroglífico: considerado sagrado, era utilizado pelos sacerdotes;
- Hierático: era mais simples, utilizado pelos escribas nos papiros;
- Demótico: o mais simplificado era de uso popular.
Para escrever era utilizado o papiro,
espécie de papel fabricado com o talo de uma planta de mesmo nome,
acompanhado de pincéis, paletas, tinteiros e um pilão. Quando eles iam
escrever esmagavam os pigmentos no pilão e depois transferiam a tinta
para o tinteiro, que tinha duas cavidades: Uma para tinta vermelha e
outra para a tinta preta. Os pincéis eram umedecidos com água que
ficava numa bolsa de couro. Algumas paletas tinham caráter espiritual
para os escribas, sendo guardadas em seus túmulos.
A escrita hieroglífica foi decifrada
pelo francês Jean-François Champollion, que, após anos de estudo,
concluiu seu trabalho em 1822, decifrando a Pedra de Roseta, um pedaço de basalto negro onde estava gravado um texto em grego, hieróglifos e demótico.
Quem realizava este trabalho
de registro eram os escribas.
Os escribas eram altos funcionários a serviço do faraó.
Tinham como dever, anotar o que acontecia nos campos, contar os grãos,
registrar as cheias do Nilo, calcular os impostos que os camponeses
deveriam pagar, escrever contratos, atas judiciais, cartas, além de
registrar os outros produtos que entravam no armazém.
Além da escrita, os escribas tinham que
conhecer as leis, saber calcular impostos e ter noções de aritmética.
Os escribas possuíam um pictograma próprio, representado pela paleta.
Lê-se sech (escrever), e faz parte das palavras relacionadas com
arquivos, impostos e tributos.
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