Os hititas (1600 a. C – 1200 a.C.)
Os Hititas foram um povo indo-europeu,
que no 2º milênio a.C. fundaram um poderoso império na Anatólia Central
(atual Turquia), região próxima da Mesopotâmia. A partir daí,
estenderam seus domínios até a Síria e chegaram a conquistar a
Babilônia.
Provavelmente, a localização de sua
capital, Hatusa, no centro da Ásia Menor, contribuiu para o controle
das fronteiras do Império Hitita.
Essa sociedade legou-nos os mais
antigos textos escritos em língua indo-européia. Essa língua deu origem
à maior parte dos idiomas falados na Europa. Os textos tratavam de
história, política, legislação literatura e religião e foram gravados em
sinais cuneiformes sobre tábuas de argila.
Os Hititas utilizavam o ferro e o
cavalo, o que era uma novidade na região. O cavalo deu maior velocidade
aos carros de guerra, construídos não mais com rodas cheias, como as
dos sumérios, mas rodas com raios, mais leves e de fácil manejo.
O exército era comandado por um rei,
que também tinha as funções de juiz supremo e sacerdote. Na sociedade
hitita, as rainhas dispunham de relativo poder.
No aspecto cultural podemos destacar a escrita hitita, baseada em representações pictográficas (desenhos). Além desta escrita hieroglífica, os hititas também possuíam um tipo de escrita cuneiforme.
Pictograma mostrando um guerreiro hitita.
Assim como vários povos da antiguidade,
os hititas seguiam o politeísmo (acreditavam em várias divindades). Os
deuses hititas estavam relacionados aos diversos aspectos da natureza
(vento, água, chuva, terra, etc).
Em torno de 1200 a.C., os hititas foram
dominados pelos assírios, que, contando com exércitos permanentes,
tinham grande poderio militar.
A queda deste império dá-se por volta do século 12 a.C.
A queda deste império dá-se por volta do século 12 a.C.
Os assírios (1200 a. C – 612 a.C.)
Legenda: Painel de pedra
que decorava o palácio do rei Assurbanipal, em Nínive, arqueiros
assírios colocam em fuga um contingente de árabes montados em camelos.
Os assírios habitavam a região ao norte
da babilônia e por volta de 729 a.C. já haviam conquistado toda a
Mesopotâmia. Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, numa
região que hoje pertence ao Iraque.
Este povo destacou-se pela organização e
desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma
das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade.
Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam,
impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter
respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes,
tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que
conquistavam.
Empreenderam a conquista da Babilônia, e
a partir daí começaram a alargar as fronteiras do seu Império até
atingirem o Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu seu
período de maior glória e prosperidade durante o reinado de
Assurbanipal.
Assurbanipal foi o último grande rei dos
assírios. Durante o seu reinado (668 - 627 a.C.), a Assíria se tornou a
primeira potência mundial. Seu império incluía a Babilônia, a Pérsia, a
Síria e o Egito.
Ainda no reinado de Assurbanipal, os
babilônios se libertaram (em 626 a.C.) e capturaram Ninive. Com a morte
de Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acentuou, e o
poderio da Assíria desmoronou. Uma década mais tarde o império caía em
mãos de babilônios e persas.
O estranho paradoxo da cultura assíria
foi o crescimento da ciência e da matemática. Este fato pode em parte
explicado pela obsessão assíria com a guerra e invasões. Entre as
grandes invenções matemáticas dos assírios está a divisão do círculo em
360 graus, tendo sido eles dentre os primeiros a inventar latitude e
longitude para navegação geográfica. Eles também desenvolveram uma
sofisticada ciência médica, que muito influenciou outras regiões, tão
distantes como a Grécia.
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